לוגו משיב כהלכה

Pergunta

Shalom. Meu marido e eu estamos casados ​​há 5 anos. Eu me tornei religiosa, guardo o Shabat, pureza familiar e rezo todos os dias. Meu marido também se tornou religioso, mas menos do que eu, e mesmo o Shabat para ele ainda não está 100%; mas ele me respeita, e também mandamos nossos filhos para a rede de ensino “Bnei Yossef”, Graças a D-us.

Recentemente, meu marido me surpreendeu: ele voltou para casa com um corte de cabelo no estilo “marines”, sem deixar um único centímetro de cabelo na área das peot[1]. Estou muito irritada. Não há palavras para descrever minha raiva, embora isso seja entre ele e o Criador do Universo. Isso conseguiu me abalar a ponto de não eu querer nada com ele. Ele não está pronto para mudar o corte de cabelo, mesmo com o dano que isso causa ao nosso casamento. O que fazer?

[1]Peot: Existe uma proibição da Torá, para os homens, de raspar com navalha uma determinada área que se estende de pouco acima da costeleta, passando pelo queixo, até pouco acima da outra costeleta, no outro lado da face. Para maiores detalhes, deve-se consultar um rabino.

Resposta

Em primeiro lugar, é muito bom que você enfatize que é “entre ele e o Criador do Universo”; esta é uma abordagem muito importante para viver em paz nesses casos em que existem diferenças fundamentais entre a esposa e seu marido em relação ao nível de observância da Torá e mitsvot. O que nos resta e refletir sobre o que aconteceu agora, que isso te abalou mais do que outras coisas!? Afinal, é razoável supor que, na verdade íntima da questão, o que o incomodou aqui não é a “ofensa” por seu comportamento, pois em outras coisas ele tampouco agiu conforme prescreve a Halachá. Isso certamente a machucou, mas não a ponto de fazer você querer cortar o relacionamento.

Você precisa então conhecer uma importante regra. Sempre que estamos zangados pela conduta de outros (ou qualquer outra emoção que nos perturbe em relação ao seu comportamento), especialmente em casos em que o comportamento não lhe diga respeito diretamente porque é entre ele e seu Criador, o que nos irrita não é o fato em si, mas a nossa interpretação do fato; portanto, se mudarmos nossa interpretação, a raiva também pode ser neutralizada (os profissionais o chamam de método Byron Katie, e ao qual nossos Sábios chamaram de “julgar toda pessoa favoravelmente”). Vamos simplificar as coisas:

O fato: ele fez um corte de cabelo de fuzileiro naval de forma que não deixou peot.

Exemplos de uma possível interpretação (que provoca a resposta que você escreveu “estou com tanta raiva”) – o corte de cabelo me incomoda porque: a) Ele não liga para mim; b) Ele não respeita meus sentimentos; c) Falta de “parceria”, como você escreveu que foi “uma surpresa”

Ou outras interpretações que só você pode discernir para si mesma o que exatamente isso significa para você. (Basicamente, não é profissional da minha parte dar exemplos, porque isso a pode confundir e não deixá-la penetrar na sua verdade íntima; mas como as coisas aqui também são apresentadas a um público amplo, a necessidade de dar exemplos não é inadequada para que a ideia seja compreendida.

E, claro, todas essas interpretações e afins, de acordo com a verdade íntima, revelam-se no final imprecisas, pois afinal de contas ele aparenta ser uma boa pessoa, que se importa, respeita, estar de acordo com você em enviar os filhos para uma educação em conformidade com seus valores, de manter a pureza familiar, de respeitar de forma geral a sua posição, etc. Mas somente agora aconteceu algo específico que a ofendeu de maneira singular. Suponhamos que você sinta que há aqui alguma interpretação que parece real e que a incomoda e machuca. Pelo motivo de você querer mudança, isso resultou em você nos procurar, vamos tentar dar uma interpretação diferente…

Exemplos de mudança de interpretação – ele voltou com um corte de cabelo de Fuzileiro Naval porque:

  1. a) Ele se sente um coitado, carece de autoconfiança e através do corte de cabelo procura (erroneamente) sentir-se um pouco mais poderoso;
  2. b) Ele se sente um coitado, e, precisando “estar de bem” com a sociedade em que se encontra, pensa (erroneamente) que pode ganhar atenção sendo visto neste estilo;
  3. c) Ele se sente um coitado porque não é religioso como a esposa e os filhos, e para sentir-se em paz com sua consciência, quer fortalecer sua autoimagem de secularista, acreditando (erroneamente) que assim ele poderá “silenciar” a voz que dentro de si lhe diz “você é um zero”. E, claro, você pode pensar em outras interpretações que neutralizem os sentimentos de aborrecimento que você tem em relação a ele, com base em como você o conhece e sua situação.

Existe outra forma de lidar com a sua frustração nesse assunto, que é verificar onde exatamente isso a afeta, porque uma questão que a incomoda tanto a ponto de “abalar” e causar um desejo de romper o relacionamento, significa parecer a você um assunto crítico. É verdade que a observância da Torá e seus mandamentos são coisas essenciais, mas já explicamos que esse não é o problema aqui, pois em relação ao cumprimento do Shabat e outras coisas (que de acordo com a Halachá são ainda mais graves) você não sentiu essa dor. Essa chamada coisa essencial (que não é essencial na verdade, porque seu comportamento é entre ele e seu Criador, e não diz respeito a você diretamente) é chamada na linguagem da autoconsciência de “o erro básico”, mas tal coisa é (quase) impossível de se examinar através de um artigo escrito. Contudo, acho que com o método de mudar a interpretação você vai conseguir amenizar a dor.

 

Sucesso!!

a terra do questionador: ישראל

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