Alerta, ataque com mísseis, o que fazer? Todas as orações e Segulot

Bom dia,

Em primeiro lugar, quero salientar que você está absolutamente certo: na verdade, as salas seguras são apenas “esforços humanos”, mas a verdadeira proteção vem de Hashem. No entanto, de acordo com a Halacha que exige que “cuidemos muito bem das nossas vidas”, é obrigatório agir também a nível material e seguir as instruções das autoridades de defesa civil locais.

Portanto, além de seguir as instruções citadas, aqui estão algumas dicas espirituais recomendadas para seguir durante os alertas:

É essencial examinar as próprias ações e fazer Teshuvá. Esta é a base fundamental, muito mais importante que todas as soluções recomendadas. Na realidade, as guerras, tanto no nosso país como em escala global, não devem ser consideradas como simples “problemas técnicos” a resolver para voltar à normalidade. Verdadeiramente, é D’us quem provoca guerras através dos governantes das nações, pois “o coração do rei está nas mãos do Senhor; Ele dirige como Ele quer.” Com relação às guerras, D’us declara: “Fui eu quem as causou.” Isto significa que embora D’us geralmente conceda liberdade de escolha aos seres humanos, Ele intervém particularmente em questões de guerra, decidindo sozinho quais guerras ocorrerão e quando. Tudo isso tem como objetivo encorajar o povo de Israel a se arrepender e a pedir Gueula (a Redenção futura), para nos aproximar Dele, que é o nosso verdadeiro bem. Naturalmente, D’us preferiria nos despertar sem recorrer a guerras, mas cabe a nós despertar para o arrependimento mesmo sem que D’us precise nos provocar por meios severos. Em qualquer caso, o arrependimento continua a ser, sem dúvida, a melhor e mais eficaz proteção contra todas as calamidades. Também é aconselhável assumir um compromisso concreto e prático.

Segundo conselho: ore com simplicidade, cada um com suas próprias palavras e de acordo com seus sentimentos. “Arrependimento, oração e caridade anulam maus decretos.”

O Salmo 91 é um salmo muito poderoso para proteger uma pessoa. O gaon Hida recomenda (para proteção e salvaguarda) recitá-lo da seguinte maneira: primeiro diga o versículo: 

וִיהִי נֹעַם אֲדֹנָי אֱלֹהֵינוּ עָלֵינוּ וּמַעֲשֵׂה יָדֵינוּ כּוֹנְנָה עָלֵינוּ וּמַעֲשֵׂה יָדֵינוּ כּוֹנְנֵהוּ”

Após isso, recitar todo o salmo  91 e, finalmente, repita o último versículo: “אורך ימים ישביעהו”...) e recomeçar tudo isso 91 vezes. Todo esse método é detalhado em um artigo sobre práticas de proteção.

Além disso, o Hida recomendava em tempos de perigo recitar o Salmo 20 e repeti-lo 12 vezes, conforme afirma o artigo mencionado acima. Recentemente, o Rabino Yaakov Edelstein zatsal, também recomendou recitar este salmo durante os alertas, explicando que esta foi a prática durante a guerra de 1948 na yeshiva de Ponevezh, de acordo com as instruções dos grandes sábios zatsal (de abençoada memória) de Israel. Ele disse que uma vez, quando foi dado um alerta para a chegada de um avião egípcio destinado a atacar a área da yeshiva, todos os estudantes recitaram o Salmo 20, e quando as palavras “Eles cederam e caíram” foram pronunciadas, o avião egípcio caiu.

Outra segula poderosa em tempos de perigo real, ensinada por Rav Chaim de Volozhin zatsal, é meditar constantemente na frase “אין עוד מלבדו” (Não há nada além dele). Esta meditação envolve refletir repetidamente sobre o fato de que nenhum poder no mundo pode nos prejudicar, porque somente o Criador, bendito seja Ele, determina o que acontece. Fora de Sua vontade, nenhum poder existe. Portanto, enquanto nos concentrarmos nesta verdade, nada no mundo poderá nos prejudicar. É relatado que o Rav de Brisk, quando confrontado por um nazista, fechou os olhos e meditou profundamente em “Não há nada além dele” por muitos minutos, até mesmo uma hora. Quando finalmente abriu os olhos, o nazista havia desaparecido.

Também é recomendado recitar a seguinte frase: “מימיני מיכאל משמאלי גבריאל מלפני אוריאל ומאחרי רפאל ושכינת ל על ראשי” (À minha direita, Michael; à minha esquerda, Gabriel; na minha frente, Uriel; atrás de mim, Refael; e a Shekhina acima da minha cabeça). Uma pessoa me contou que foi atacada por pedras atiradas por árabes e que repetiu diversas vezes essa frase. As pedras então mudaram de rumo no meio do caminho, e os árabes, vendo esses milagres óbvios, ficaram assustados e fugiram. Porém, é essencial colocar sua confiança em D’us e não nos anjos; deve ser entendido que estamos pedindo a D’us que nos salve através de Seus anjos.

Recite os seguintes versículos e ore a Hashem. pedindo que, pelos nomes sagrados contidos nestes versículos, ele nos proteja: “כָּל הַפְּקֻדִים לְמַחֲנֵה אֶפְרַיִם מְאַת אֶלֶף ֶלֶף ּשְׁמֹנַת אֲלָפִים וּמֵאָה לְצִבְאֹתָם וּשְׁלִשִׁים יִסָּעוּ ”(repita este versículo três vezes). “”

Em qualquer caso, não devemos entrar em pânico simplesmente porque estamos a fazer esforços, sejam materiais ou espirituais. Que D’us não permita, pois o medo excessivo não ajudará e é particularmente prejudicial para as crianças. O melhor é permanecermos calmos e confiantes, sabendo que estamos nas mãos de um Pai amoroso, a causa de todas as causas e a razão de todas as razões, e que nada acontece fora da Sua vontade. Nossos esforços são empreendidos apenas porque sabemos que estão de acordo com a Sua vontade, nada mais.

Sobre este assunto, relatamos as sábias palavras do nosso mestre, Rav Ovadia Yossef zatsal, proferidas durante a Guerra do Golfo. Embora as suas observações se referissem à guerra na Terra de Israel, onde o povo judeu goza de protecção divina especial, e não à guerra na Ucrânia, podemos tirar uma lição geral das suas palavras: em caso de alarme, é importante permanecer calmo e continuar a fazer esforços sem ceder ao pânico. Aqui estão suas palavras:

“Não entre em pânico, não tenha pressa, não deixe o medo tomar conta de você e não se deixe intimidar. O Senhor está conosco, com a ajuda de D’us. Portanto, é importante não entrar em pânico ao ouvir o som da sirene. É apenas barulho, não há necessidade de se preocupar muito. Se você estiver em casa, o melhor é seguir as instruções habituais: se for solicitado que você se abrigue em um quarto, lembre-se do versículo “Vá, povo meu, entre em seus quartos” e espere com calma que a tempestade passe. .

Se você está no meio de uma aula ou estudo de Tora, por que entrar em pânico? Existe a Torá, e a Torá é um baluarte contra o medo. Por isso é importante manter a calma. Da mesma forma, se a sirene tocar durante a oração, não há necessidade de pânico. Continue sua oração conforme planejado, com serenidade. Você pode até cantar baixinho para relaxar. Em resumo, mantenha seus hábitos habituais e não deixe que o alerta te confunda.”

Referências